3 de nov. de 2009

Eleitor em tempo integral [voz ativa]


Como acompanhar o desempenho do candidato


O cidadão brasileiro, insatisfeito com constantes escândalos políticos, como gastos excessivos com cartões corporativos por parte dos ministros, possui algumas ferramentas para fiscalizar o uso dos recursos públicos. Além de órgãos do governo – Câmaras municipais e estaduais, Casas Legislativas, Tribunal de Contas da União, entre outros – o eleitor conta, também, com organizações não-governamentais, como o Transparência Brasil, a fim de acompanhar a alocação e planejamento da verba pública.

Atualmente, ONGs como Transparência Brasil, Às Claras e Contas Abertas têm tomado a frente no movimento pela conscientização dos eleitores. “Temos como objetivo assegurar o uso ético e transparente dos recursos públicos e estimular a participação do cidadão na elaboração e no acompanhamento das atividades do Estado”, explica por nota a associação Contas Abertas. Por meio da Internet, essas organizações noticiam e congregam ideias para cobrar uma postura correta dos órgãos públicos. Na Transparência Brasil, por exemplo, é possível acessar a projetos relativos ao tema, artigos acadêmicos, manuais de conduta ética, além de estatísticas sobre parlamentares e corrupção.

Uma realidade fruto da audácia parlamentar e da omissão por parte dos cidadãos na cobrança e participação política. Em Brasília, há 17 zonas eleitorais com 95 mil eleitores cada uma, mas, aparentemente, exercem o dever de cidadão apenas no dia de eleições gerais. Poucos fiscalizam os órgãos públicos, com algumas exceções. “Acompanho sim, por meio da mídia impressa, mas também por páginas na Internet que informam bem a respeito. Observatório da Imprensa, Contas Abertas...”, explica Pedro de Oliveira, estudante de 23 anos. “Sim, lembro de todos em quem votei”, completa.

Hoje, no Brasil, o voto é obrigatório para homens e mulheres maiores de 18 anos e facultativo para maiores de 70 e jovens entre 16 e 18 anos. Esse contingente é numeroso o suficiente para garantir o uso correto dos recursos públicos, mas precisa estar atento e fiscalizar as propostas e atitudes daqueles que estão no poder.


por Alexandre Isomura

2 comentários:

Bia disse...

Gostei do entrevistado =)

pedro disse...

que legal.

é engraçado ser fonte também, de vez em quando.

outro jeito bom de acompanhar os candidatos é a pagina do TSE.

Em época de eleição eles publicam as declarações de renda e o histórico partidário dos candidatos.