1 de out. de 2007

Sente-se - Superficial Profundo Vão

Canção pós-moderna

Palavras a fio...

Palavras mudas
Sem cabimento
Flutuando na superfície
Do impermeável universo
Do muro, da tela, do chão
Códigos de alucinação
Sutil Vil Ilusão
Os meus pensamentos vão morrer nessa
canção
Os meus pensamentos vãos

Palavras cegas
Quase ao relento
Mesmo que intrépidas
Disfarçadas
Pois é fato que já não as vejo saírem de
ti
Tua presença sem expressão
e os teus olhos, onde estão?
Os meus pensamentos vão morrer nessa
canção
Os meus pensamentos vãos

Quem sabe
o Superficial e o Profundo Vão
se juntar agora?
As portas estão fechadas
somente pra quem está do lado de fora

Tua presença, teus olhos, tua voz...
(onde estão)
Palavras ditas, sentidas?
(não)
Palavras simplesmente transmitidas a fio

Uma distante sensação
Hipnose e confusão
As idéias vêm, mas vão
Num carrossel de solidão:
Os meus pensamentos vãos
Paulo Ohana (por e-mail)

O poema acima foi retirado do recém-lançado livro Superficial Profundo Vão. Publicado de forma totalmente independente, o livro traz poemas, alguns musicados. Este Canção pós-moderna é um deles (update: áudio abaixo).
Contato com o autor: p_ohana@hotmail.com



5 comentários:

Animal disse...

a música é tão bonita como o poema só. o livro todo é muito bom, aliás, recomendo!

Unknown disse...

ouvir essa poesia ao vivo acompanhada de um violão é muito bom mesmo! o livro é ótimo, trabalho de muita qualidade

isomura disse...

um trabalho digno, modelo para (re)editar a cultura brasiliense. Parabéns Paulo. O balde. agradece o material.

Anônimo disse...

Nada entendo de música (mas daí a falar que entendo de qualquer coisa também...), porém devo dizer que realmente gostei do poemúsica. Parabéns

Unknown disse...

Parabéns ao autor pela linda música.

A melodia se faz tão suave quanto a letra do poema.

Ótima contribuição