Bebeu o resto de cerveja quente do copo sujo de uma vez. De frente para o mar, os pés enfiados na areia, a cabeça já pendia para os lados. O sol agora só alcançava os seus joelhos. Levantou a garrafa para a menina do bar. ‘Amanda’. Ela acenou com a cabeça.
Não queria mais beber, mas tirá-la de trás do balcão. Pequena, tinha que se inclinar com a barriga apoiada na borda do refrigerador para alcançar a cerveja do fundo, a garrafa já coberta de gelo na parte de fora. A saia subia devagar, o suficiente para ver que ela não usava calcinha.
Ele já não tentava disfarçar, esperava que se virasse e acompanhava seus olhos até a mesa. Ela retribuía. Uns 19 anos. Pele marrom, cabelos claros e os pequenos olhos pretos. Ela sorria, apertando-os, e duas covas apareciam nas bochechas. Usava uma saia curta e uma blusa preta bastante justa, os peitos com vontade de pular, marcas de biquíni que desciam dos ombros como duas alças, pés descalços e vários cordões de palha ao redor do tornozelo.
Só a cerveja mesmo?, ela perguntava, provocante, entrelaçando os dedos na parte de trás dos cabelos dele. Sorria, cínica e quase perversamente, sabia que a última coisa que queria dela era uma garrafa de cerveja.
Encheu o copo, o gole já descia áspero no estômago vazio. Levantou e caminhou para o fundo do bar. Deu de cara com ela saindo da cozinha, puxou-a pelo braço para o banheiro apertado.
Apertou a bunda dela na pia. Hoje de noite, fica me esperando, ele disse. Ela não respondeu, apenas consentiu, levantou a saia à altura da barriga e separou lentamente os joelhos sem tirar os olhos dos dele. Transavam há algumas semanas, mas ele não conseguia acostumar-se com a aparência ameaçadora que ela adquiria nessas horas. Gania feito uma cadela, o velho pai fritando batata no ambiente vizinho.
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