Ministra do STF, Carmem Lúcia flagrada em troca de emails no julgamento do mensalão. (A reportagem ganhou o prêmio Esso de Jornalismo 2007 - Roberto Stuckert Filho/O Globo)
1) Como deve ser a relação fonte-jornalista?
Com a premissa de ser informante, o jornalista deve ser ator da credibilidade. Deve passar a informação por meio de um código mais apropriado para que hajam menos ruídos possíveis, de acordo com teoria do estudioso de comunicação Roman Jakobson. Para tanto, é necessário que o jornalista tenha com sua fonte um distanciamento, que lhe proporcione capacidade de julgar a informação obtida, sem interferência pessoal ou de opinião. Logo, além de ser uma relação profissional, o jornalista deve ter com a fonte um canal seguro e recíproco. Pois segundo o jornalista da “Folha de S.Paulo” Fábio Zanini, “as fontes vão e voltam. A informação, não”.
2) Como o jornalista deve proceder para conseguir uma matéria diferenciada?
Para sair do lugar comum das matérias, o jornalista deve procurar não se contentar com as informações obtidas. Segundo o fotojornalista de “O Globo” Roberto Stuckert Filho, o ordinário, o cotidiano, todos conseguem. O diferencial é o que o jornalista enxerga a partir do trivial. “Sempre penso: aqui tem mais história”, explica. Portanto, além de ter o cuidado essencial com a linguagem, a estética e o objetivo da matéria, o jornalista precisa de persistência e descontentamento. Como dizia o filósofo moderno René Descartes, “duvide da própria dúvida”.
3) Qual deve ser a postura do profissional de imprensa para evitar equívocos/erros ao escrever uma matéria/reportagem?
O profissional de imprensa precisa de um conjunto de habilidades para evitar equívocos ao escrever uma matéria ou reportagem. Entre elas destacam-se o bom domínio da língua e uso preciso dos estilos de linguagem. Tendo isso, o jornalista deve conhecer a fonte, por meio de uma boa pesquisa, e confirmar toda e qualquer informação obtida. Por exemplo, confirmar pontos de vista conflitantes; ouvir mais de uma versão da notícia. Além de reler a matéria, é interessante que uma terceira pessoa analise o texto e dê uma opinião. Ao final do processo, erros ainda são passíveis de acontecerem, mas com o tempo, bem menos freqüentes.
Agradecimentos à professora Renata Giraldi
Adaptação da entrevista: Alexandre Isomura
2 comentários:
Olhar jarnalístico.
Olhar jarnalístico.
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