22 de out. de 2007

Sente-se - Embala-me em teu berço absurdo

Embala-me em teu berço absurdo

Embala-me em teu berço absurdo
De concreto e fumaça
Tuas samambaias nas encostas
Lembram-me a mata
Tua música singular
Teu canto caótico
Faz-me ninar
Entre carros, televisões, visões,
E máquinas.
Sou teu filho bastardo
Não desejado
Em um canto largado
Metrópole, eu chamo-te mãe,
Mas é esfinge
E não te decifro,
Devora-me.

Larissa Marques (por e-mail)

5 comentários:

Muryel De Zôppa disse...

Larissa sempre uma boa pedida.

poesia fina, de grande vigor estético. adoro teus 'traços' pela vivacidade com que os imprime.

Larissa Marques - LM@rq disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Larissa Marques - LM@rq disse...

Grata por ver meu texto(poema) estampado em página tão especial!
O Balde é um dos cantos que mais leio na net, sinto-me presenteada.

Anderson H. disse...

um belo poema. já o conhecia, mas fica melhor a cada leitura.

Anônimo disse...

Olá Larisa,

primeiro, parabéns pelo poema, achei muito muito bom!

nele você fala sobre alguma metrópole específica? posso saber qual é? Fiquei curiosa...!