Embala-me em teu berço absurdo
Embala-me em teu berço absurdo
De concreto e fumaça
Tuas samambaias nas encostas
Lembram-me a mata
Tua música singular
Teu canto caótico
Faz-me ninar
Entre carros, televisões, visões,
E máquinas.
Sou teu filho bastardo
Não desejado
Em um canto largado
Metrópole, eu chamo-te mãe,
Mas é esfinge
E não te decifro,
Devora-me.
Larissa Marques (por e-mail)
5 comentários:
Larissa sempre uma boa pedida.
poesia fina, de grande vigor estético. adoro teus 'traços' pela vivacidade com que os imprime.
Grata por ver meu texto(poema) estampado em página tão especial!
O Balde é um dos cantos que mais leio na net, sinto-me presenteada.
um belo poema. já o conhecia, mas fica melhor a cada leitura.
Olá Larisa,
primeiro, parabéns pelo poema, achei muito muito bom!
nele você fala sobre alguma metrópole específica? posso saber qual é? Fiquei curiosa...!
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